domingo, 21 de agosto de 2011

Redescobrindo Carlos Câmara

 Jornal O POVO / Vida & Arte - 20 de agosto de 2011 

Redescobrindo Carlos Câmara 
Trazendo para o palco um texto inédito de Carlos Câmara, os grupos 3x4 de Teatro e Populart homenageiam os 130 anos do dramaturgo cearense
Marcos Robério

Na última década do século XIX, o Ceará viu nascer em suas terras um filho pródigo que tinha a dramaturgia na alma, as ideias na cabeça, a vontade nas ações e a comédia como forma de ver a vida. Audacioso, revolucionou o campo artístico no Estado durante os anos 1920 e 1930, plantando a semente que germinou a forma como até hoje se faz teatro nas terras alencarinas. Ainda pouco reconhecido se comparado à riqueza história e artística que representa, o dramaturgo Carlos Câmara é objeto de estudo e admiração para alguns cearenses que veem sua presença imortalizada em cada palco.

Para homenagear Carlos Câmara pelos 130 anos de seu nascimento (1881-1939) e trazer pela primeira vez para as luzes da ribalta um texto que ele não chegou a terminar, os grupos teatrais 3x4 de Teatro e Populart iniciam hoje (20), no Conjunto José Walter, uma série de apresentações da peça Alma de Artista, montada através de edital da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor).

A comédia traz a história de uma típica família da época, com um casal que se ama e decide se casar, mas não pode deixar que os pais da noiva saibam disso, uma vez que o noivo já estava prometido para a prima da noiva. A confusão que se desenrola é apresentada em forma de casamento matuto, fazendo uma grande e divertida festa em cena.

O diretor da peça Silvero Pereira cita a importância do Grêmio Dramático Familiar, grupo teatral formado por Câmara e que representou um divisor de águas no teatro cearense, por propor uma linguagem acessível e divertida, mais próxima do público, sendo a inspiração para grupos que vieram depois, sobretudo a Comédia Cearense. “O Grêmio não tinha uma grande estrutura. Mas o que marca é a importância do fazer teatral, que mobilizou a cidade e fez as pessoas gostarem de teatro. Por isso é importante refletir como um grupo naquela época conseguia fazer isso e nós hoje não conseguimos”, questiona-se Silvero.

Cidade

A sede do Grêmio Dramático Familiar ficava no número 2406 da rua Visconde do Rio Branco, no Centro. Hoje, o espaço passa despercebido pela memória da Cidade, dando lugar a outros tipos de empreendimentos. Por isso, uma das encenações da peça será em uma calçada em frente a antiga sede, a título de manifesto. Foi nesse local e também em um mês de agosto que o Grêmio realizou sua primeira montagem.

Para o dramaturgo e historiador Marcelo Costa, que ajudou no processo de pesquisa para a peça, “se existe uma unanimidade no teatro cearense, é o Carlos Câmara”. Ele diz que o principal legado de Câmara para o teatro é mesmo sua obra e a influência que ela exerce. “O teatro hoje é muito pretensioso e distante das coisas da sociedade, ficando entre a chatice e a gaiatice (e a chatice vem aumentando)”, aponta. Com Carlos Câmara, diz ele, era diferente: “O teatro dele era para a vizinhança, para o povo”.

ENTENDA A NOTÍCIA

Carlos Torres Câmara (1891-1939) é considerado um dos maiores nomes da dramaturgia cearense. Produziu algumas das peças mais populares dos teatros de Fortaleza no começo de século XX e fundou o Grêmio Dramático Familiar, que aproximou o teatro do público e até hoje influencia as atuais companhias.

PROGRAMAÇÃO

Hoje (20), às 20h – C.S.U. do Conj. José Walter (Rua 69, s/n, 2ª Etapa do José Walter)
Amanhã (21), às 19h – Rua Visconde do Rio Branco, 2406
Dia 23/8, às 17h – Theatro José de Alencar – Centro
Dia 29/8, às 19h – Praça do Jardim América
Dia 18/9, às 19h – Praça do João XXIII
Dia 19/9, às 19h – C.S.U. de Messejana
Outras info.: 3255 8300

(Ler no O POVO online)

Outros Intercâmbios

Além do 3x4 e do Populart, outros 10 grupos teatrais de Fortaleza estão desenvolvendo projetos de interação dentro do Edital de Intercâmbio e Formação entre Grupos de Teatro, da Secretaria de Cultura/ Prefeitura Municipal de Fortaleza. Para conhecer um pouco mais dos outros projetos, visitem: 

* O Intercâmbio Pavilhão da Magnólia/Nóis de Teatro consiste no encontro do Pavilhão às ações e rotina produtiva do Nóis de Teatro. A principal diretriz desse encontro está baseada na reflexão e pesquisa aprofundada sobre as questões provenientes do teatro de rua contemporâneo com a linguagem do teatro infantil. (blog)

* O projeto Insulto ao Público, intercâmbio artístico entre o grupo Teatro Máquina e o Projeto Cadafalso, é uma proposta de pesquisa e de produção artística em multilinguagens : teatro, performance, artes visuais e literatura, a partir do texto dramático Insulto ao Público, do autor Peter Handke, obra escrita em 1966, que propõe uma situação conflituosa entre atores e espectadores, em que o espaço cênico é o personagem principal, com discurso apoiado na cisão entre palco e platéia, questionando a estrutura do teatro convencional, redimensionando o papel do espectador e explorando, para isso, elementos importantes como tempo e espaço.(blog)

* Poéticas do Corpo e Teatro Mimo (CE) colaboram e discutem caminhos que conectam o desenvolvimento integral do ser e seu pertencimento à totalidade através de experimentações estéticas de butoh e mímica corporal. O natural, o urbano, a afetividade, a midiatizaçao, a arte, a vida e 'o que nao se dá nome' - um mosaico (segmentado mas complementar) sendo pensado numa cidade reinventada, religada ao todo. (blog)

* Outros grupos que estão desenvolvendo intercâmbios são: Bricoleiros e Grupo T'Art de Teatro; Teatro Vitrine e Coral Todos os Cantos.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Aqui jaz um teatro

Aqui jaz um teatro. Avenida Visconde do Rio Branco, 2406.

Ontem, entre 1918 e 1939, Boulevard Visconde do Rio Branco, 909, a sede de um expoente grupo teatral, o Grêmio Dramático Familiar. Hoje, um estacionamento em obras. E o que virá?

Aqui jaz mais um teatro nesta cidade que por progresso entende o avançar sem reconhecer a si mesma e os seus. A arte que na calçada faremos, acontece entre o pó e o concreto dos prédios derrubados, entretanto, a vida, o encontro e suas memórias, mesmo feridas, ou tidas como desaparecidas, ou mesmo dadas como mortas, relampejam, resistem. Frente a tudo que as maltratam, existem.

Foi partindo desse contexto que iniciamos o projeto “Em visita a Carlos Câmara: procedimentos para um intercâmbio entre o Grupo Populart e o Grupo 3x4 de Teatro”, apoiado pelo Edital de Formação e Intercâmbio entre Grupos de Teatro, da Secretaria de Cultura de Fortaleza. Neste processo de cinco meses, em interações semanais, revimos não só o dramaturgo fortalezense que, a partir de uma suposta cearensidade e sua relação com a capital, o sertão e até outras nações, fazia do teatro uma séria brincadeira. Neste período, ao encontrarmos Carlos Câmara e seu Grêmio revimos também nossos próprios fantasmas e inquietações quanto ao que queremos fazer do teatro que nos faz falta.

No domingo, 21 de agosto de 2011, às 19:00 na Avenida Visconde do Rio Branco, 2406, construiremos um momento para dar a conhecer, ver, provocar, querer, partilhar e visitar. Um instante em que nos seja possível dizer, como pontua Martine Kunz em referência a Frei Tito: eu não o conheço, Câmara, e lembro de você.

Traga sua cadeira, o teatro e a conversa será na calçada onde esteve sediado o Grêmio Dramático Familiar. 

Gyl Giffony

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Shake Hands!

Leopércio Cansanção (Humberto) e o Sr. Robson White (Alan) "shaking hands"

Cenário, figurino, 1º e 2º atos prontos, diminuem-se algumas preocupações, mas, ao mesmo tempo, agigantam-se outras. Alguns problemas com assiduiade provocaram alterações no elenco. Com a saída de Gutembergue, Thiago Andrade, membro do Grupo 3x4 de Teatro, passa a interpretar o personagem Febrônio. Para o papel de Eufrásio Carijó, foi convidado o ator Efferson Mendes, concludente da mais recente turma do Curso Princípios Básicos de Teatro do Theatro Jose de Alencar (CPBT), substituindo Cleriston Cabral, que não poderia mais seguir com o projeto de intercâmbio por motivo de trabalho.

As duas primeiras apresentações do espetáculo Alma de Artista estão programadas para os dias 20 e 21 desse mês. A segunda delas será, em homenagem ao autor, em frente a onde há 93 anos Carlos Câmara fundou o Grêmio Dramático Familiar, no número 2406 da Rua Visconde do Rio Branco. Em breve, mais informações!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Inquérito Literário [Parte 3]

Continuação da entrevista concedida por Carlos Câmara ao jornal O Nordeste em 1923.
Inquérito Literário [Parte 1]
Inquérito Literário [Parte 2]

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De suas peças qual a que prefere?


CARLOS CÂMARA – Dolorosa interrogação... Não lhe posso dizer, ao certo, qual de minha peças prefiro. Dediquei a todas elas o mesmo esforço mental, e mesmo um pai não deve revelar a qual de suas filhas dá a preferência.

Luta com dificuldades para fazer interpretar pelos amadores do Grêmio Dramático os diversos papéis?

CC – Pouca ou nenhuma dificuldade tenho encontrado para fazer interpretar as minhas peças pelos inteligentes amadores que constituem o elenco do “Grêmio”, em sua maioria rapazes e moças de reconhecida propensão para a arte teatral. Além disso, procuro, meu caro, na distribuição dos papéis, aliar as personagens ao gênero e tendência de cada um.

Seus trabalhos teatrais são escritos aos poucos, vagarosamente? Quais as horas que prefere para trabalhar? Em que lugar? Quando escreve, auxilia-se de notas diárias, rabiscadas antes? Para imaginar as peças, serve-se de alguém para ensaios?


CC – São muitas perguntas a um tempo. Vamos por partes. Habituei-me desde que trabalhei na imprensa, a escrever sempre de afogadilho, assim só escrevo para o teatro às pressas e quando o “Grêmio” tem absoluta necessidade de encenar uma nova peça. Quase sempre, antes de concluí-la, inicio os ensaios da parte já escrita. Não tenho preferência de horas, nem de lugar, para rabiscar os meus trabalhos, dedicando-lhe as minhas poucas horas disponíveis e servindo-me para isso de apontamentos colhidos au jour le jour. Na idealização de determinadas cenas, faz-se mister muitas vezes experimentar-lhe o efeito, pondo a prova, ao mesmo, passo, a capacidade das pessoas destinadas a sua interpretação.

Ainda pretende continuar a escrever para teatro? De todas as modalidades de criação qual a que prefere?

CC – Nunca tive veleidades literárias. Escrevi “A Bailarina”, a minha peça de estréia em 1919, despreocupadamente, sem prever o êxito que ela realmente obteve. A criação  foi meramente fortuita. Fi-la a pedido de rapazes do “Grêmio”, em oito dias apenas, no auge da precipitação, e quando ainda convalescia da terrível epidemia*. Enquanto o “Grêmio” existir e tiver necessidade de novas peças, e não aparecer alguém que me substitua neste árduo mister, eu as irei rabiscando. Assim Deus me dê vida e saúde... o gênero de minha [preferência] é a alta comédia; mas esta, por mais bem arquitetada que seja, não logrará tão, infelizemente, em parte alguma do Brasil,  o elevado número de representações que as peças do gênero ligeiro hão conseguido. Não tentei até hoje esse gênero pelas razões acima expostas, e mesmo por não me julgar com as aptidões necessárias para tão altas cavalerias. Ademais, tenho para mim que os esforços que porventura envidasse e o desperdício que fizesse com a montagem de uma peça do gênero diferente, não alcançariam a devida compensação. Isso não deve ser tomado como ambição de conquistar glórias barata, e sim o desejo de proporcionar diversão ao alcance  de todas as inteligências e ao sabo do respeitável público.

Que acha do movimento teatral no Brasil? Teremos, em breve, um teatro verdadeiramente nacional?

CC – Como otimista que sou, julgo, deveras promissor o movimento teatral no Brasil, que se enfronha para ter o seu teatro, verdadeiramente nacional. Quem poderá, porém, prefixar a época em que se veja transformada em realidade tão fagueira aspiração?

domingo, 10 de julho de 2011

Fim do 1º Ato

Rafael e Nataly em ensaio da cena de abertura do espetáculo

Ensaiado, reensaiado e afinado o 1º ato, o 2º ato começa já a todo vapor. Encontros intensificados no meio da semana tornarão o desenvolvimento mais ágil. O texto inacabado ainda é um desafio: Carlos Câmara morreu em 1939 antes de finalizar a peça Alma de Artista, faltando-lhe a segunda metade da terceira parte da peça.

O 2º ato conta da chegada do senhor Eufrásio Carijó, pai do galã Gastão, à casa do aclamado pintor Gontram de Avelar, onde está hospedado o filho a título de que termine os estudos. A trama começa se desenrolar a partir do segredo que todos devem guardar do pobre velho, que por sua vez também parece não trazer boas notícias ao filho...   


Eufrásio Carijó (Cleriston Cabral) "catando pulgas" em uma das cenas do 2º ato

sábado, 9 de julho de 2011

O Teatro em Primeiríssimo Plano


"Sem Carlos Câmara, a história do teatro cearense 
seria tão insignificante quanto o mundo sem a cultura grega"
Marcelo Costa*

Teatro Em Primeiro Plano é um dos quatro livros que compõem o box do escritor, diretor e autor teatral, ator, historiador, produtor cultural e professor Marcelo Farias Costa. Os outros três são: Delírio - Uma Trajetória Teatral, que reúne entrevistas, reportagens, depoimentos e diversos textos escritos ou relacionados ao artista; Didascália - Anais do Teatro Cearense, composto basicamente por três listas que abordam o teatro cearense nos séculos XIX e XX, com a cronologia e a ficha técnica de todas as peças apresentadas entre 1830 e 2000; e Trilogia do Desamor & Outros Textos, que contém 6 peças escritas pelo autor nas décadas de 70 e 80.

Teatro Em Primeiro Plano por si só já é, na verdade, uma coletânea. Reúne três livros (Panorama do Teatro Cearense, Roteiro da Dramaturgia Cearense e Carlos Câmara: Mestre das Burletas) e mais dois artigos (Um Teatro Sempre Em Recomeço e Eduardo Campos, Um Autor Em Dois Atos).

Quase todo o material  de pesquisa que se encontra neste blog foi retirado do referido livro ou da apostila "Estudos sobre o Dramaturgo Carlos Câmara", gentilmente cedida pelo Professor Marcelo Costa ao Grupo 3x4 de Teatro.

A Marcelo Costa, nossos sinceros agradecimentos pelo esforço de resgaste e registro da história do teatro  cearense, bem como por sua inestimável contribuição como artista que sempre manteve o teatro em primeiro plano.

* Em Um Teatro Sempre em Recomeço do livro Teatro Em Primeiro Plano - página 17.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Palestra com Marcelo Costa


Nesta quarta-feira, dia 06 de julho de 2011, acontecerá no mini-auditório do IFCE a partir das 17:30h um bate-papo com o diretor e autor teatral, ator, historiador, produtor cultural e professor Marcelo Costa. A conversa tem por assunto a figura do teatrólogo Carlos Câmara. Serão debatidos temas como estilo dramatúrgico do autor, a cidade de Fortaleza nas décadas de 20 e 30 e  a Memória Sócio-Cultural e Patrimonial de nossa cidade.

Na ocasião serão sorteados dois box com livros de Marcelo Costa e um conjunto de entrevistas e artigos sobre Carlos Câmara.

sábado, 25 de junho de 2011

Inquérito Literário [Parte 2]

Em sua edição do dia 11 de maio de 1923, o jornal cearense O Nordeste publicou uma entrevista com Carlos Câmara. Na primeira parte, postamos o texto de introdução da reportagem. Abaixo, o trecho inicial da entrevista que se segue ao texto.
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Principiando a nossa interview entramos logo no assunto:

“O Nordeste”  mandou-nos para o ouvir em entrevista...

CARLOS CÂMARA – Pois não, eu estou sempre às ordens dos bons amigos e confrades.

Então, vai em ensaios uma sua nova peça de teatro?

CC
–  É verdade. Há cerca de vinte dias que a ensaiamos.

É do mesmo gênero das anteriores que são tão apreciadas pelo nosso público?

CC
É mais ou menos do gênero das cinco que a precederam.
 
Que título lhe deu?


CC
“Os Piratas”.

Por quê? É uma crítica aos nossos costumes?

CC
Dei-lhe este título por julgar tal epíteto adequado a algumas das principais  figuras que atuam no desenrolar do entrecho, e que desenvolvem verdadeira tramas, conhecidas entre nós como atos de piratagem, em matéria de conquistas amorosas.

Onde se desenvolve a ação dos três atos e quando teremos a primeira do “Os Piratas”?

CC
A ação se desenvolve no porto das jangadas, nesta Capital, tendo sido os lindos cenários executados por Gerson Faria, talentoso artista do pincel em nossa terra. Pode o meu jovem amigo anunciar a première, para o próximo sábado, 12 do corrente.

Os personagens do novo vaudeville são reais? Ou são tipos criados pela imaginação?

CC
Em toda parte há desses tipos sociais, e em Fortaleza está se desenvolvendo extraordinariamente este esport, do qual existem verdadeiros profissionais, cuja indesejabilidade se faz preciso proclamar. São tipos representativos de classes, e resumem características observáveis em especimens diversos do mesmo gênero.

De suas peças anteriores, os tipos são imaginários?


CC
Só podem ser escritas peças regionais do gênero que até hoje adotei, quando baseadas em fatos e tipos como o Zé Fidelis, o Candoquinha, o Coronel Puxavante, a Peraldina, e vários outros que foram, por assim dizer, copiados do natural.
     

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Feriado, dia de ensaio


PC, Rafael (de vermelho) e Gutembergue (ao fundo).

Tendo já se reunido e adiantado a construção de algumas cenas na segunda-feira, dia 20, Silvero e os atores integrantes do POPULART aproveitaram a manhã do feriado para repassar o que já fora construído e "rascunhar"algumas cenas mais. O resultado foi um esboço de quase todo o 1º ato. 

A intenção é finalizá-lo até domingo para, a partir de segunda-feira seguinte, 27, iniciar os trabalhos de construção e ensaio das cenas do 2º ato.

Gutembergue e Mirlia divertem-se enquanto recebem orientações do diretor Silvero Pereira.

domingo, 19 de junho de 2011

Definição de Elenco


Decidida e comunicada a atribuição de personagens ao elenco, foi feita no dia de hoje uma leitura coletiva e minuciosa da peça. Silvero Pereira, encarregado pela Direção do espetáculo, detalhou alguns pontos referentes à construção e à caracterização de algumas das cenas e de seus personagens. Antecipou ao grupo também possíveis soluções para contornar o desafio de ser Alma de Artista, na verdade, um texto inacabado, pois lhe falta ainda a metade final do 3º ato.


 

Relação personagens-elenco para montagem dos grupos 3x4 e POPULART de Alma de Artista, de Carlos Câmara:


EUFRÁSIO CARIJÓ ............................................................ Cleriston Cabral
FEBRÔNIO ........................................................................ Gutembergue Patricio
GASTÃO ............................................................................ Rafael Souza
GONTRAN ......................................................................... PC Vianna
GUIOMAR ......................................................................... Nataly Lima
LEOPÉRCIO ...................................................................... Humberto Neto
NAIR ................................................................................ Anderson Santos
PAFÚNCIO ........................................................................ Matheus Alvez
PAPAI NOEL ..................................................................... Anderson Santos
ROBSON WHITE ............................................................... Alan Pereira
SINHAZINHA ..................................................................... Sílvia Alvez
VALERIANA* ................................................................... Anderson Santos
VITÓRIA ........................................................................... Mirlia Loureiro

*Personagem não escalada no texto da peça


A memória quando em obras

  
"É que eu me sinto outro, minha irmã, física e moralmente outro, purificado por
esta simplicidade aldeã, por estas paisagens tranquilas, onde as palmeiras
abrem suas copas, com verdes ventarolas, aos beijos puros da brisa"
(Ponciano, em Alvorada)


Na antiga Fortaleza de 1918, raros eram os prédios e poucos os espaços de entretenimento. Os bairros mantinham festejos próprios, com seus teatros de paróquia, os folguedos, as pastorinhas e quermesses. Era uma Fortaleza de ruas largas e linhas de bondes. Uma Fortaleza de muitas praças, bonita e ajardinada.

Nesse cenário de cores hoje amareladas pelo tempo, precisamente no número 909 da Boulevard Visconde do Rio Branco, Carlos Câmara fundou o Grêmio Dramático Familiar. Se tudo que se move deixasse um rastro visível e permanente no espaço, por entre os carros do antigo estacionamento do nº 2406 da Avenida Visconde do Rio Branco, o endereço que hoje corresponde ao velho 909 da Boulevard, veríamos uma movimentação de se fazer notar. 

Aos nossos olhos seria permitido visitar o passado e ver as milhares de pessoas que por ali estiveram ao longo de anos de espetáculos, espectadoras dos vaudevilles escritos por Carlos Câmara e encenados pelos amadores do Grêmio. Veríamos Diva Câmara ensaiar os atores. Veríamos Eurico Pinto, Augusto Guabiraba, José Domingos, Inácio Ratts, Djanira Coelho, Gracinha Padilha e muitos outros emprestarem seus corpos e vozes às figuras de galãs, mocinhas, vilões, fossem os tipos que fossem os designados pelo engenhoso e irreverente autor.
Se tudo também deixasse um rastro audível, estrondosos seriam os aplausos na sede do Grêm... digo, no antigo estacionamento abandonado do nº 2406 da Avenida Visconde do Rio Branco. E seria possível, em algum lugar, ouvir de um diálogo bastante peculiar. Uma conversa entre Leonardo Mota e Carlos Câmara, na qual o primeiro, jornalista e escritor, convidaria o amigo dramaturgo a ingressar na Academia Cearense de Letras, em sua reorganização de 1922.

Mas as coisas não deixam rastros. Não dessa maneira. O tempo passa e as pessoas simplesmente se vão. Junto vão as conversas, os gestos, e mesmo os lugares não resistem as intempéries do tempo. Resta-nos confiar nos registros e na memória. E não esquecer de lembrar.

Visitar.

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Hoje, não mais um estacionamento, o endereço que um dia abrigou a sede do Grêmio Dramático Familiar vive um entra-e-sai de operários da construção civil. Recém-vendido, está em reforma.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Inquérito Literário [Parte 1]

Em sua edição do dia 11 de maio de 1923, o jornal cearence O Nordeste publicou uma entrevista com Carlos Câmara. Abaixo o texto de introdução da reportagem.
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INQUÉRITO LITERÁRIO

Entre os modernos e consagrados escritores cearense. O Nordeste entrevista o teatrólogo Carlos Câmara. Interessante palestra sobre arte teatral.

À semelhança das muitas “enquetes” literárias, que nos grandes centros intelectuais organizam os jornalistas, para saberem e divulgarem ao público, sempre curioso, o modus vivendi et faciendi [do latim, modo de viver e de fazer] dos grandes artistas, O Nordeste inicia hoje uma série de reportagens entre os modernos escritores cearenses, a fim de conhecer-lhes o pensamento sobre certo problemas e sobre as atuais escolas de arte.

Para começar esta seção, procuramos, em primeiro lugar, o conhecido teatrólogo patrício Carlos Câmara, que o nosso público conhece e admiram, aplaudindo-lhe as magníficas revistas, a fim de que respondesse às nossas curiosas bibilhotices jornalísticas, justamente por estar sendo ensaiada agora uma nova revista de sua lavra.

Carlos Câmara é um esforçado escrito de teatro, já tendo meia dúzia de apreciadas vaudevilles com mais de 30 encenações cada uma: A Bailarina, Casamento da Peraldina, Zé Fidélis, Calu, Alvorada e por último Os Piratas.

Encontramo-lo, terça-feira, à tarde, na Escola de Aprendizes Artífices de que é esforçado diretor.

Ao nos avistar, correu-nos ao encontro, delicadamente, fazendo-nos sentar, sempre alegre e penhorante, com as suas maneiras distintas.

O gabinete do escritor é modesto e sombrio. Em frente à sua banca, cheia de papéis e livros espalhados, rasga-se uma janela que abre para os lados das praias do mar, mostrando-nos o céu azul, cortado de nuvens, e o trabalho insano dos estivadores, na labuta diária...

Carlos Câmara é um gentleman perfeito. Sua conversação animada lembra-nos os seus personagens irrequietos, no tablado do Grêmio Dramático Familiar. Delicado sempre, responde-nos à menores perguntas curiosas.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

ALMA DE ARTISTA


Durante a última semana de Maio e primeira semana de Junho (2011) iniciamos os trabalhos de formação de atores e preparação corporal, assim como exercícios de interpretação voltados para a estética a ser construída no Produto Final do Projeto de Intercâmbio, a montagem do texto inédito de Carlos Câmara: ALMA DE ARTISTA. Já iniciamos as leituras e estudos do texto e após algumas improvisações estamos caminhando para a definição do elenco e seus respectivos personagens. A preparação corporal fica a cargo de Mikaelly Damasceno e a Direção sob o comando de Silvero Pereira. Já a produção está com Expedito Garcia e integrantes do POPULART. Nosso objetivo é estrear na primiera semana de Agosto no C.S.U. do Conj. José Walter, sede do Grupo Anfitrião.

Esta semana (06 a 12 de Junho) estamos dedicados a leituras do texto e elaboração da concepção cênica, bem como elaboração de um cronograma de ensaios capaz de atender e render dentro do tempo que possuímos até a estreia.


sexta-feira, 3 de junho de 2011

CÂMARA, Carlos T.

CRONOLOGIA

1881 – Nasce no dia 3 de maio, em Fortaleza. Filho de João Eduardo Torres Câmara e Maria de Sousa Câmara.

Faz seus estudos básicos no Colégio do Padre Liberato Dionísio da Costa, no Panternon Cearense e no Liceu do Ceará.

1897 – Sócio do Clube de Diversões Artísticas, do Clube Iracema, dirigido por Pápi Júnior, ensaiador do Grêmio Taliense de Amadores.

1898 – Funda a revista A Estréia, da qual foi diretor, órgão oficial do Clube Adamantino. Torna-se amanuense da Assembléia Legislativa e ingressa no Jornalismo, trabalhando no Jornal A República.

1901 – Transfere-se para Amazonas, onde trabalha como redator do jornal O Amazonas. É escrivão do Depósito Público, Promotor de Justiça na comarca de Boa Vista (Roraima); dedica-se à advocacia.

1903 – Retorna ao Ceará e à redação de A República.

1908 – Casa com Diva Pamplona, filha de Arnulfo Pamplona.

1909 – Eleito Deputado Estadual, partidário do Governo e Nogueira Acióli.

1912 – Tendo votado contra o reconhecimento de Franco Rabelo ao governo do Ceará, é exonerado do cargo de Diretor da Junta Comercial. Termina seu mandato como Deputado.

1913 – Auxiliar Técnico da Comissão de Estudos e Locação da Rede Viação Cearense, e nomeado Diretor da Escola de Aprendizes de Artífices (antigo Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará - CEFET-CE. Atual Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE).

1915 – Funda a revista O Aprendiz de Artífice e a Revista Pedagógica

1918 – Funda o Grêmio Dramático Familiar.

1919 – Escreve e encena as peças A Bailarina e O casamento da Peraldiana.

1920
– Escreve e encena Zé Fidélis e O Calu.

1921 – Sócio e representante da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais - SBAT no Ceará (até 1939). Escreve e encena Alvorada.

1922 – Escolhido para a Academia Cearense de Letras, tendo como patrono Tomás Lopes. (É excluído da mesma na reorganização de 1930.)

1923 - Escreve e encena Os Piratas.

1924 – Vai para Aracajú dirigir a Escola de Aprendizes de Artífices de Sergipe; trabalha redator no Diário da Manhã, de Aracajú.

1926 – Retorna a Fortaleza. Escreve e encena Pecados da Mocidade.

1929 – Escreve e encena O Paraíso.

1931
– Escreve e encena Os Coriscos.

1939
– Falece no dia 11 de Março, em Fortaleza, vítima de edema pulmonar, sem deixar descendentes. Incompleta ficou a peça Alma de Artista.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Como visitaria Seu Carlos


Era com duas palmas na soleira da porta da casa que as comadres e compadres de minha avó anunciavam que estavam na entrada principal da residência. O som produzido pelas mãos, seguido muitas vezes pelo grito de “Iraci”, substituíam a moderna campainha.

Minha avó é uma dessas senhoras do interior do Ceará, de Acaraú, católica, prendada, mãe de oito filhos e de um quintal com várias bananeiras e outras plantas que ela rega todos os dias, ritualmente, a partir das 5:30 da manhã.
Nas minhas lembranças, sua mesa de madeira escura e pesada com azulejos no tampo, seus santos, os lençóis, o terço, as redes, as toalhas, o café, o bolo, o pão, a carne de porco, a farofa, os salgados, seu perfume de alfazema e um sorriso farto. Dona Iraci, assim como minha mãe, adora receber visitas, e tem uma inclinação natural para abrir portas, armar redes e conversar com o coração. Com minha vó não tenho cerimônias. Só afeto.

Numa visita a Seu Carlos Câmara, agiria eu de forma similar às visitas que faço a ela. Agradeceria a oportunidade do encontro, falaria de como anda a minha vida, os estudos, o teatro, o amor, os dias aqui no Rio e em Fortaleza neste início de século XXI, relataria minhas bobagens e riria de absurdos. Escutaria ainda atentamente tudo que ele me diz, observando seus silêncios, seus gestos, seu olhar, tudo o que seu verbo não relata... Passados alguns minutos da conversa (e já estando eu mais à vontade), aceitaria o bolo que ele me oferece. Fartar-me-ia, ficando tranqüilo para deixar algumas sobras ou colocar mais cobertura. Tomando o devido cuidado com os excessos. Quando me mostrasse sua morada, olharia bem a estrutura, reconhecendo seu espaço e seus habitantes materiais e sensíveis. Recorreria neste momento a todas as casas que já visitei e outras que só conheço de vista, mas que muito me instigam, como as casas de Seu Eduardo Campos, Seu Marcelo Costa, Seu Ricardo Guilherme, Seu Marcos Barbosa, e tantas outras. E ficaria ali, suspenso... pois boas visitas não passam as horas, as datas, os motivos, muito menos merecem despedidas.

Visitas e teatros, portanto, não são efêmeros, seguem construídos em nossas memórias como relâmpagos de afeto em mão dupla: do afetar e do ser afetado. Um passado que afeta um presente, e um presente que afeta um passado, entrevendo um futuro.

Por fim, o que passa pelo sentimento não obedece a tempos, horas ou datas. É sempre uma visita desejada por qualquer Alma de Artista.

Gyl Giffony

domingo, 1 de maio de 2011

ABRIL 2011 - TROCA E APROXIMAÇÃO


Na foto: Gutembergue (POPULART), Thiago Andrade (3X4) e Denis Marinho (POPULART).

Durante este mês de Abril de 2011 o Grupo POPULART se prepara para uma de suas maiores produções anuais o "GÓLGOTA - PAIXÃO DE CRISTO" . Todas as energias do Grupo são voltadas para esse mega evento que neste ano aconteceu tanto no Teatro do Centro Cultural Dragão do Mar como no Bairro Conj. José Walter em mega estrutura para mais de 20 mil pessoas. Deste modo, dentro do Intercâmbio o Grupo 3X4 de teatro resolveu compartilhar desse momento contribuindo tanto no trabalho de direçõa de atores (Silvero Pereira) como contra-regragem e maquiagem ( Mikaelly Damasceno e Silvero Pereira) e com participações no espetáculo (Thiago Andrade como Demônio), agindo em diferentes áreas para com isso estreiar a relação com os integrantes do Grupo POPULART para a construção de um Projeto de Intercâmbio mais colaborativo.


Os diretores Paulo Botafogo, Silvero Pereira e a Coreógrafa Andréa Pires debatem soluções para uma determinada cena do espetáculo GÓLGOTA.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Grupo POPULART (O Anfitrião)


GRUPO DE ARTES CÊNICAS
Associação Régis Albuquerque Monteiro

O Grupo Populart é um grupo de Artes Cênicas extremamente profissional atuante em Fortaleza e na comunidade do José Walter há 18 anos, onde 70 (setenta) jovens artistas no âmbito de pesquisar e apreender os elementos constituintes do teatro mundial, numa busca contínua de inúmeras possibilidades para a cena das Artes Cênicas cearense.

Com uma representação extremamente forte e atuante dentro da comunidade do José Walter e com um perfil ousado e profissional, o Grupo Populart hoje é o responsável pela a principal montagem da Paixão de Cristo de Fortaleza, tornando-se o maior espetáculo de teatro de grande porte realizado no Ceará com o objetivo de atingir grandes platéias para apreciação de um teatro de qualidade inquestionável, tendo adquirido o respeito da crítica teatral cearense.

Em seu repertório de espetáculos: A Paixão de Cristo de Fortaleza se destaca como o mais expressivo pelo grande número de público (10 mil pessoas durante os dois dias de apresentações). Estamos destacando esta montagem porque trata-se de um espetáculo de teatro de grande porte, e já somos referência nesse gênero e buscamos um aperfeiçoamento ainda maior, ampliando nosso repertório de espetáculos de outros gêneros.

Trabalhos e Prêmios:

Gólgota - Paixão de Cristo de Fortaleza – Premiado nos Editais Ceará da Paixão da Secult em primeiro lugar nos anos de 2008, 2009 e 2010 e Apoio direto da Secultfor – (Funcet) nos anos de 2006 a 2011. (Prêmio Estadual e Municipal)

Reisado – Reisado Cênico – Realizado ao ar livre em cortejo pelas as ruas da comunidade do José Walter, durantes as madrugadas de janeiro.

O Auto de Natal Jesus Nordestino de Todas as Raças, premiado no Edital Ceará Natal de Luz 2009 e 2010 – Espetáculo de temática natalina sobre o nascimento do Menino Jesus Nordestino. (Prêmio Estadual) 
O Mistério da Matinta Pereira (teatro de rua de Cultura Popular) 2006/2007 – Espetáculo sobre um personagem do folclore brasileiro.

Auto de Natal: A Vigília da Noite Eterna, de 2005 com texto de B. de Paiva.

Quadrilha Junina Flor do Ceará (Estilizada), Premiada nos Editais: Ceará Junino de 2009 e 2010 da Secult e Festejos Juninos de 2009 e 2010 da Secultfor. (Prêmio Estadual e Municipal)

Quadrilha Nordestina do Chão Rachado (Tradicional Autêntica), Premiada nos Editais: Ceará Junino de 2008, 2009 e 2010 da Secult e Festejos Juninos de 2007, 2008, 2009 e 2010 da Secultfor. (Prêmio Estadual e Municipal)

Bloco de Pré-Carnaval Cabeça de Touro: Premiado no Edital de Fomento ao Carnaval de Rua de Fortaleza da Secultfor nos anos de 2008, 2009, 2010 e 2011. Tem como tema abordar o maior mito folclórico da comunidade do José Walter, conhecido nacionalmente como bairro dos cornos. (Prêmio Municipal)

Manutenção de Grupos de Cultura Popular Teatro Premiado no Edital das Artes da Secultfor – Funcet 2010 para ser desenvolvido durante o ano de 2011. (Prêmio Municipal)

Festival de Música do José Walter - Premiado no Edital das Artes da Secultfor – Funcet 2010 para ser realizado em julho de 2011. (Prêmio Municipal)

Festival de Natal – Natal de Luz da Secult - Premiado no Edital Ceará Natal de Luz da Secult 2010 para ser realizado em Dezembro de 2010 numa mostra de repertórios de Bois, reisados, lapinhas vivas, autos de natal e presépios vivo. (Prêmio Estadual)

Cine Mais Cultura - Premiado no Edital Cine Mais Cultura do Ministério da Cultura - Funarte 2010 para exibição de curtas metragens na comunidade do José Walter durante o ano de 2011. (Prêmio Federal)

Coelce e Shopping Benfica – O Grupo Populart mantém uma parceria com a maior empresa privada do Ceará e um dos maiores shopping Center de Fortaleza, para o desenvolvimento do teatro em Fortaleza. (Iniciativa Privada)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Paixão de Cristo


Dando início ao Projeto de Intercâmbio entre os dois grupos, no dia 28 de março os integrantes dirigentes do Grupo 3X4 (Silvero Pereira e Mikaely Damasceno) se reuniram afim de traçar as ações a se realizarem durante o mês de abril. O encontro ocorreu no Theatro José de Alencar entre 19h e 21h. Assim, as ações acontecem dentro do maior evento anual realizado pelo Grupo POPULART, a "PAIXÃO DE CRISTO". O Objetivo é auxiliar o Grupo Anfitrião colaborando no processo de construção de personagem, contra-regragem, maquiagem e voz, além de ter a participação de atores do Grupo 3X4 na montagem clássica (Thiago Andrade) e compreender/aprender o processo de produção de tão grande evento, realizando assim uma troca de conhecimentos e gerando uma boa relação entre os integrantes.

O Grupo 3X4 acompanhará e participará ativamente dos ensaios no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, bem como nos intensivos encontros aos domingos (8h às 17h).

Grupo 3X4 de Teatro (O Visitante)

Esq. para dir.: Rafael, Mikaelly, Gyl e Silvero.

Criado em 2006 a partir da afinidade entre colegas de turma do Curso Superior de Tecnologia em Artes Cênicas do CEFET-CE (atual IFCE), o Grupo 3X4 de Teatro vem, no período de 5 anos, se consolidando como um Grupo de Teatro voltado para a pesquisa e produção teatral, realizando estudos teóricos e práticos sobre interpretação e encenação na busca por um teatro composto pela hibridação de linguagens como teatro, dança, fotografia, música, artes plásticas, quadrinhos e literatura.
Atualmente, são integrantes do grupo: Gyl Giffony, que está cursando o Mestrado em Memória Social pela UNIRIO, Mikaelly Damasceno, que é produtora e pesquisadora em Artes Cênicas na área de expressão corporal, Silvero Pereira, que é produtor, diretor e professor do Curso Princípios Básicos de Teatro do Theatro José de Alencar, Rafael Barbosa, que atualmente cursa o ensino Superior de Licenciatura em Artes Cênicas no IFCE, Jobson Viana, que é concludente do Curso Princípios Básicos de Teatro (CPBT) e está cursando o nível superior em Contabilidade pela FIC, e Thiago Andrade, estudante do Curso de Jornalismo da UFC, além de integrante da Turma 2011 do CPBT.
Dentro da linha de pesquisa do Grupo, foram já realizadas a montagem de 6 esquetes e 6 espetáculos. 


ESQUETES
2006 – As Vivas Cores da Ilusão
Prêmio de Melhor Esquete no II FECTA (Festival de Esquetes da Cia. Teatral Acontece)
Participação no X FESTFORT (Festival de Esquetes de Fortaleza)

2007 – Confissões Entre Paredes
Melhor Esquete Júri Popular no XI FESTFORT
Melhor Ator Coadj. (Silvero Pereira) no XI FESTFORT
Melhor Atriz Coadj. (Mikaelly Damasceno) V Festival de Esquetes Bilu Bila

Para Sempre Fiel
Participação no XI FESTFORT
Participação no V Festival de Esquetes Bilu e Bila

2009 – Os Sobreviventes
Melhor Atriz (Mikaelly Damasceno) no IV FECTA

Creme de Alface
Melhor Ator (Silvero Pereira) no IV FECTA

Para Uma Avenca Partindo
Melhor Ator (Rafael Barbosa) no VII Fest. Bilu Bila
Melhor Diretor (Silvero Pereira) no VII Fest. Bilu Bila
Melhor Cenário no VII Fest. Bilu Bila
Melhor Iluminação no VII Fest. Bilu Bila


ESPETÁCULOS

AS ROSAS
Participação no II Festival de Monólogos Palmas Produções
Participação na VIII Mostra SESC Cariri das Artes
Participação na Mostra de Monólogos do CCBNB

ANIVERSÁRIO DE CASAMENTO
Contemplado no Edital das Artes SECULTFOR-FUNCET (Montagem) / 2007
Contemplado no Edital de ocupação CCBNB (Fortaleza) / 2008
Contemplado no Edital de ocupação Dragão do Mar / 2009
Destaque de Ator (Gyl Giffony) no Prêmio Balaio 2009

CURTAS Nº 1
Contemplado no Edital de Ocupação do CCBNB (Fortaleza, Cariri e Sousa) / 2008
Contemplado no Edital de Ocupação do Dragão do Mar / 2010

CURTAS Nº 2 
Contemplado no Edital de Ocupação BNB (Fortaleza, Cariri e Sousa) / 2010

PARA PAPAI NOEL (Musical de Natal - Infantil)
Contemplado no Edital de Ocupação do CCBNB (Fortaleza, Cariri e Sousa) / 2009-2010 

S/A – SOCIEDADE ANÔNIMA 
Contemplado no Edital das Artes SECULTFOR (Montagem) / 2009